Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) deixou de ser um conceito de ficção científica para se tornar uma realidade quotidiana. Hoje, a utilizamos para escrever textos, criar imagens, fazer diagnósticos médicos e até tomar decisões financeiras. No entanto, esta ascensão meteórica levanta uma questão fundamental: estamos a usar a IA como uma ferramenta ou a permitir que ela substitua o nosso pensamento crítico?
A tecnologia, por natureza, não é boa nem má. Depende do uso que dela fazemos. A IA tem potencial para libertar tempo, aumentar a produtividade e ampliar o acesso à informação. Contudo, há um risco crescente de dependência cognitiva, em que deixamos de questionar e passamos a aceitar o que o algoritmo nos oferece como verdade.
As escolas e universidades deveriam encarar esta mudança como uma oportunidade para redefinir o valor da aprendizagem — menos centrada na memorização e mais na capacidade de análise, interpretação e criatividade. O pensamento humano é a única “máquina” que pode imaginar o que ainda não existe.
A IA é uma ferramenta poderosa, mas não um substituto para o raciocínio humano. A verdadeira inteligência continua a residir na capacidade de questionar, errar e aprender. O desafio do nosso tempo é garantir que a tecnologia amplifica — e não atrofia — o pensamento crítico.
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